JS PATRÍCIO
Por Luiz Guerreiro
A barragem Pedra do Cavalo esta localizada a 2 km das cidades
de Cachoeira e São Félix, essa barragem tanto serve para conter água para
abastecimento (Salvador e região metropolitana) como para geração de
eletricidade 4% do estado da Bahia. Barragem causa um enorme impacto
socioambiental mais nesse caso os municípios de São Félix e Cachoeira saíram
ganhando, pois a mesma controla a vazão do rioParaguaçu
minimizando o risco de enchentes, ainda lucrando, pois as respectivas
prefeituras recebem royalties da empresa.
Porém Maragojipe foi à maior prejudicada
com a construção da
barragem, pois os impactos na baía do Iguape são irreparáveis e alguns dos
impactos gerados pela barragem são a eutrofização da água, aumento da acidez da
água, diminuição de oxigênio na água, tremores de terra nas áreas vizinhas das
barragens, também afeta a migração dos peixes alterando a piracema. Para
abrandar esse último impacto negativo as barragens constrói escadas método
contestado por técnicos, altera os sedimentos que o rio transporta no seu curso
normal isso causa erosão. Só ai constata as alterações físicas, químicas e
biológicas da água que desce para a baía do Iguape.
Já o grupo Votorantim além de lucrar com a
venda da eletricidade ainda obteve o certificado dos créditos de
carbono por produzir sem precisar aumentar o tamanho da barragem, conseguindo
uma posição de empresa sustentável e uma compensação financeira.
Seguindo o conceito do movimento
atingido por barragem: todos aqueles que sofrem modificações nas suas condições
de vida, como conseqüência da implantação das barragens, independentemente do
local em que vivem ou trabalham. Assim a cidade de Maragojipe que não obteve
nenhum ganho com esse empreendimento pelo contrário com todos os impactos
citados o que se constata é desaparecimento de certas espécies de peixes e
diminuição de outras tantas espécies, assim nos se incluímos neste conceito
agora fica uma pergunta no ar porque os nossos governantes ou a colônia dos
pescadores não se movimentam para conseguir medidas mitigadoras que venham
realmente ajudar a nossa população pesqueira tão carente e tão massacrada pelos
empreendimentos gigantescos. Fico a imaginar o que será desse estuário com a
implementação do pólo naval e como ficará os pais e mães de
família que retiram seu sustento do estuário.