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O que Maragojipe ganhou com a Pedra do Cavalo?

8 de out. de 2011


JS PATRÍCIO  

Por Luiz Guerreiro


A barragem Pedra do Cavalo esta localizada a 2 km das cidades  de Cachoeira e São Félix, essa barragem tanto serve para conter água para abastecimento (Salvador e região metropolitana) como para geração de eletricidade 4% do estado da Bahia. Barragem causa um enorme impacto socioambiental mais nesse caso os municípios de São Félix e Cachoeira saíram ganhando, pois a mesma controla a vazão do rioParaguaçu minimizando o risco de enchentes, ainda lucrando, pois as respectivas prefeituras recebem royalties da empresa. 

Porém Maragojipe foi à maior prejudicada com a construção da barragem, pois os impactos na baía do Iguape são irreparáveis e alguns dos impactos gerados pela barragem são a eutrofização da água, aumento da acidez da água, diminuição de oxigênio na água, tremores de terra nas áreas vizinhas das barragens, também afeta a migração dos peixes alterando a piracema. Para abrandar esse último impacto negativo as barragens constrói escadas método contestado por técnicos, altera os sedimentos que o rio transporta no seu curso normal isso causa erosão. Só ai constata as alterações físicas, químicas e biológicas da água que desce para a baía do Iguape.

Já o grupo Votorantim além de lucrar com a venda da eletricidade ainda obteve o certificado dos créditos de carbono por produzir sem precisar aumentar o tamanho da barragem, conseguindo uma posição de empresa sustentável e uma compensação financeira. 

  Seguindo o conceito do movimento atingido por barragem: todos aqueles que sofrem modificações nas suas condições de vida, como conseqüência da implantação das barragens, independentemente do local em que vivem ou trabalham. Assim a cidade de Maragojipe que não obteve nenhum ganho com esse empreendimento pelo contrário com todos os impactos citados o que se constata é desaparecimento de certas espécies de peixes e diminuição de outras tantas espécies, assim nos se incluímos neste conceito agora fica uma pergunta no ar porque os nossos governantes ou a colônia dos pescadores não se movimentam para conseguir medidas mitigadoras que venham realmente ajudar a nossa população pesqueira tão carente e tão massacrada pelos empreendimentos gigantescos. Fico a imaginar o que será desse estuário com a implementação do pólo naval e como ficará os pais e mães de família que retiram seu sustento do estuário.